[post #006] – Lançamentos em vinil de outubro: Ghost Bath e Anopheli em destaque

No post [#004] eu comentei que outubro foi um mês repleto de lançamentos, mas acabei me concentrando apenas nas reedições. Para os fanáticos por vinil, tivemos um mês bastante especial: vamos a eles!

2015 está sendo marcado tanto por lançamentos de micro, pequeno e médio porte, como Ghosts of Oceania, Black Cilice, Krallice, Foot Hair, Closet Witch, Black Sheep Wall e ainda por velhos dinossauros, como My Dying Bride, Shining, Paradise Lost, Godspeed You! Black Emperor e um pequena infinidade de outros títulos que não vou conseguir me recordar aqui – mas tive a impressão de que muitos contendores realmente decidiram só descer à arena em outubro. Senão, vejamos:

  • KYLESA – Exausting Fire

Esta banda americana de stoner e psychedelic rock pode não ser gigante, mas não é pequena não: a primeira prensagem de seu sétimo álbum teve 11 versões diferentes em vinil! Via Season of Mist!

  • LOMA PRIETA – Self portrait

Banda de screamo/hardcore da bay area, este álbum está chamando a atenção de muitos e estreou direto nos 100 mais do RYM. Até onde consegui descobrir, teve três prensagens em vinil. Via Deathwish Inc.

  • DEAFHEAVEN – New bermuda

Saudados por muitos como grandes renovadores do black metal, ao revitalizar o gênero com salutares doses de shoegazer talvez indo para o post metal, este grupo de São Francisco também estreou direto no RYM. Também lançaram 11 versões diferentes do vinil, duplo, ainda que em diferentes regiões do globo, via Anti Records. [não exatamente underground, como podemos observar…]

Para além destes, no entanto, agora chegam os destaques:

  • GHOST BATH – Moonlover

Sem ghost-bath-moonloverdúvida uma das maiores revelações de 2014, Ghost Bath prometia muito para 2015 e quem ficou atento logo descobriu novidades: logo no final do ano a banda anunciou um novo álbum, que se chamaria Moonlover, com uma capa sensacional, e logo que saiu a primeira prensagem do CD, com mil cópias [o que já foi um progresso, visto que Funeral tivera apenas 100 cópias], foi anunciado que ‘no inverno’ seria lançada uma versão em vinil. Finalmente este momento chegou e a Northern Silence Productions anunciou 420 cópias em vinil preto e 380 cópias em vinil branco. Como decidi, desde o princípio, que não escutaria este disco senão em vinil, mal vejo a hora de receber meu exemplar…

Você pode escutar o álbum ou fazer um download pago via Bandcamp.

  • ANOPHELI – The ache of want

Halo of Flies, que já havia lançado o melhor disco do ano, Qliphot, do Cloud Rat, lançou em outubro The ache of want, do super grupo Anoa3949128027_16pheli. Não é fácil descrever sua sonoridade – inacreditavelmente pesado, melódico, intrincado, belo e envolvente. Enquanto não tiver uma cópia em vinil em minhas mãos também não poderei dizer nada mais apropriado, mas o som me parece uma prévia do apocalipse com cordas e vocais dementes. Foram lançadas mil cópias: 800 em vinil preto, 200 em vinil preto com uma mancha em vermelho.

Você pode escutar o álbum ou baixá-lo pelo valor que quiser via Bandcamp.

Falando em gravadoras mais comerciais e em artistas maiores, Joanna Newson rompeu o silêncio com Divers, via Drag City Records, desta vez com vinil duplo simples [alguém aí se lembra do marcante box triplo que ela lançou em 2010?] – que em menos de duas semanas conquistou a terceira posição nos melhores do ano no RYM!!! – e para surpresa geral do público, o duo Beach House lançou um segundo disco este ano, Thank you lucky stars, pela major Sub Pop [com direito a uma edição limitada em vinil verde transparente, cuja quantidade de cópias eu não consegui descobrir].

Para encerrar, enquanto fazia uma última revisão dos títulos lançados em outubro descobri que o duo Juçara Marçal e o multi instrumentista Cadú Tenório lançou neste mês supremo o aterrador Anganga, completamente gratuito pelo selo nacional Sinewave. Escutei a faixa de demonstração disponível no site, ‘Canto II’, e fiquei fora de mim. Na verdade, me sinto um idiota por esse selo ter escapado completamente ao meu radar até agora. Vou baixar o álbum urgente! A descrição dizia “afro noise”, mas me parece que eles foram um tanto quanto modestos… eu apontaria algo entre, um amálgama de glitch, witch house, dark ambient, harsh noise wall e, claro, drone… drone music. Acreditem em mim: com certeza mais sinistro do que alguns dos títulos que mencionei aqui… algo muito, muito único…

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