[post #016.66] Entrevista com a banda nacional de screamo/emoviolence/real emo Jovem Werther

VOZES DO SUBMUNDO

Entrevista com a banda nacional de screamo/emoviolence/real emo Jovem Werther

Em minhas [permanentes] buscas por sonoridades extremas [em especial com tons tristes ou depressivos] eu cheguei ao screamo [e ao powerviolence, na sequência] no ano passado – e, como sempre, logo comecei a procurar bandas nacionais defendendo o gênero. Em termos numéricos o resultado não foi dos melhores… mas em termos de qualidade! Nvblado talvez dispense comentários. Lado Esquerdo Vazio estava, e ainda está, em vias de despertar [e eu espero MUITO que isso aconteça AQUI]. E Jovem Werther… bem, quando eu cheguei a festa havia acabado – isto é, a banda tinha jogado a toalha. Achei aquilo muito injusto. Eu cresci na década de 80 e todos sempre vinham com aquela longa lista de bandas/artistas que perdemos, como Janis, Led, Doors e uma grande confraria de outros nomes. Com o passar do tempo a consciência das perdas aumentara: Joy Division, Cazuza. E com mais doses de tempo, estes grandes deuses do Olimpo musical deixam de ser as únicas estrelas que regem nosso destino – malucos como eu começam a se interessar por bandas/artistas/projetos menores, que talvez estejam tocando ali na esquina… E a Jovem Werther estava! Não era algo do tipo ‘nasci na década errada’ ou algo assim, foram umas 40 mil outras coisas… mas de toda forma, o som permanecia, claro…

Uns quatro meses depois, quando eu já havia dados os primeiros contornos a este espaço, resolvi escrever para os caras – afinal, se a página ainda estava lá alguém poderia ler. Minha ideia era fazer o necrológio da banda – contar retrospectivamente sua história, talvez divulgar alguma pequena anedota que, aparentemente, não fizesse sentido algum, mas que seria prontamente bem recebida pelos fãs, enfim, dar aos caras seu merecido lugar na história – esta banda que, como seu título sugeria, morreu jovem…

… e eu não apenas fui bem recebido, imediatamente, mas fui ainda surpreendido: eles estavam em vias de voltar à ativa! Eis que pequenos sinais de vida surgiram, na página da banda no FB: primeiro um vídeo e, poucas horas depois, o comunicado de que haviam voltado! Assim, ao invés de contar a história de banda que ‘havia se suicidado’, eu passei a acompanhar seu retorno!

Abaixo segue minha primeira entrevista com uma banda (!), feita [ainda] via FB. Como irão notar ao longo das perguntas as vozes se alternam, fiz o que pude para manter a conversa clara, espero que o resultado agrade os fãs…

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Acione a page da JW na Bandcamp e aperte o play!

5 de janeiro
Olá!
Procurei info sobre vcs na web mas não encontrei muita coisa – e sobretudo não encontrei nenhuma entrevista, nem anterior nem posterior ao post de encerramento.
Tenho um blog sobre música underground, bem pequeno, mas ficaria imensamente feliz em fazer uma entrevista, seja para falar sobre o fim do projeto ou não, tvz um histórico completo, sei lá, o que lhes parecer melhor.
Um abraço!
5 de janeiro
Jovem Werther
Olá, mano o/
Ficariamos muito felizes em ceder uma entrevista pra você. A banda está em estúdio passando os sons com um guitarra novo e logo logo vamos estar de volta com formação e material novo.

GM: Bom, galera então vamos lá.
Todo mundo sabe de onde vem o nome da banda, mas imagino que exista uma história, alguma dimensão conceitual envolvendo sua escolha. O que vcs podem nos dizer sobre isso???
(Ft vocalista): Na realidade é tudo muito simples cara, não existe conceito muito literário ou pseudo cvlt por trás da banda, consideramos a mesma o resultado de toda dor, catalisada em versos sonoros, eu mesmo nem me considero vocalista, boicoto qualquer tipo de palco, o que é expressado é somente o conjunto de vozes desesperadas por algo que as aflige.

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[post #015 – Interview with atmospheric black metal project GREAT COLD EMPTINESS

Voices from the underground

Interview with atmospheric black metal project

Great Cold Emptiness

 

It’s hard to don’t get impressed with Elksworth, the very young mind behind Great Cold Emptiness. I met him as just another fan of music, in FB, and then I was introduced to his ‘creative world’. To give you an idea, during our conversations he released his second book, release a new album of A Perfect Day, his post-rock/post-metal project, and pre-released a compilation and a brand new GCE album – now not alone, but with a band! So, take a time to seat around a campfire and hear some news about this great atmospheric black metal project: Great Cold Emptiness!

 

1494720 I strongly reccomend you to GCE page at Bandcamp  and listen to Violet mist & infrared stars before continue reading

 

GM: Fuck, I’m listening to Father Elk and it’so good!
Elksworth: Thanks dude!

GM: New release of GCE too… you’re a machine, man!
Elksworth: I am haha. Im 17 so i have lots of freetime.

GM: Free time is not the point, do you have a criative urge wich is admirable!
Elksworth: Thanks man  🙂
But I didn’t like the result of Father Elk.

GM: Really? Why?
Elksworth: idk really. it just wasn’t me. I much prefer what I’m doing now.

GM: You have seventeen but works a lot – released various music titles and are about to publish your second book. Thath is something very admirable – how it is possible????
Elksworth: Hahah, well I’ve been creating music since I was 12, and I have over the years evolved myself to new genres and styles, and completely immersed myself in the aesthetics of them. Writing and Music are the two most natural things to me, and thus, It is expressed with my creative outpost.

GM: Well, to the the past now: can you share with us your first musical memory?
Then, what was your age when you started to enjoy music in a conscient level – and, if possible, tell us what was the first record you bougth.
Elksworth: My first musical memory was when I was I started to really enjoy Progressive Rock and Electronic music. The first album I bought was Rush’s Test for Echo.

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